Sabe-se que a Igreja de São Gonçalo deu nome à freguesia que antecede a criação do Distrito de Goitacazes. As freguesias são partes constantes do território da Villa de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, e a Freguesia de São Gonçalo tem seu destaque na história campista pelos relatos da ocupação indígena e também pela concentração de engenhos e posteriores usinas de beneficiamento de cana-de-açúcar – Engenho do Limão e Usina de São José, entre tantos outros pequenos engenhos; sendo a principal atividade econômica estabelecida no Brasil colonial entre os séculos XVIII e XIX. Mas qual a origem da Igreja que nomeou por quase 200 anos esta freguesia? A placa em mármore no frontão da Igreja, por ocasião da comemoração do bicentenário, traz a data de fundação como sendo em 1763. Anúncios nos jornais pelas festas do divino Espírito Santo datam de 1876. Mas buscando mais profundamente em documentos do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, foi localizado um registro que cita a Igreja no ano de 1720. Recentemente, em pesquisas nos processos de Testamento, foi localizado o mais antigo registro que cita a Paróquia. É um recibo pela importação de um funeral emitido pelo Vigário Amaro da Silva Carneiro no testamento da falecida Dionizia D’Almeida. Longe de ser um relato conclusivo, há que se destacar tamanha a antiguidade e importância da Igreja de São Gonçalo desde o período da colonização brasileira. A paróquia foi tombada pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Campos em 2012, e pode ser considerada uma das primeiras construções da Villa de São Salvador, sendo além de um templo religioso, um monumento testemunho da história de nossa cidade e de nosso país. Texto: Larissa Manhães - historiadora Obs: Colunista voluntária do jornal paroquial BOA NOVA.
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Dezembro 2019
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