A Mãe Rainha Aparecida nos exorta lançar as redes!

A teologia do corpo e da castidade, fontes espirituais do namoro
A Trindade Santa fonte irradiadora de liberdade e comunhão.

A liturgia da Igreja Católica
depois de ter celebrado os grandes mistérios da fé, no Natal e na Páscoa, e a
vinda das duas pessoas que configuram as duas mãos do Pai : o Filho Unigênito e
o Espírito Santo, para salvação e restauração da humanidade, propõe a festa
temática do Deus Uno e Trino. Convém mostrar a unidade teológica e a
diversidade pessoal com seus atributos e missões. Esta verdade de fé está
escrita no intimo de nós, pois já Santo Agostinho afirmava que a estrutura da
nossa personalidade é trinitária, bem como o funcionamento da nossa mente com
as três faculdades. A família humana que é uma instituição desejada e criada
por Deus, também revela uma composição trinitária : pai, mãe e filho. As
sociedades humanas são igualmente uma analogia da Trindade, pois como afirmava
Berdaieff, político cristão russo, o modelo da sociedade cristã rejeita o
individualismo centrifugo permissivo bem como o coletivismo totalitário na sua
uniformidade opressora. Um Deus plural gera sociedades abertas, comunitárias
que desenvolvem plenamente a pessoa humana. A Trindade nos educa para a
liberdade responsável, para a descentralização e a subsidiariedade em todos os
âmbitos e lugares. Uma espiritualidade trinitária, faz desabrochar cristãos
adultos, empreendedores, atuantes, pessoas com idéias, conscientes e
debatedoras. Torna-se necessário vivenciar mais nossa fé trinitária para
superar dependências autoritárias e populistas que acabam gerando tiranos e
caudilhos dominadores. Precisamos de lideres inspirados na Trindade Santa para
desencadearem processos de participação, comunhão e empoderamento social,
fazendo emergir uma sociedade civil forte e um estado-servo controlado. A
Trindade é nossa fonte e nossa meta pois nos ensina Karl Rahner : " Tentar
explicar a Trindade com nossa pobre razão é arrogância, acreditar Nela é
salvação, conhecê-la na vida eterna será toda nossa felicidade".
Deus seja louvado!
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 26 de Maio de 2013.
Foto: cedida pelo site Campos 24horas
Deus seja louvado!
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 26 de Maio de 2013.
Foto: cedida pelo site Campos 24horas
A plena Efusão do Espírito Santo em Pentecostes

O tempo Pascal culmina na Metrópole das festas, a Quinquagésima de Pentecostes, os 50 dias após o domingo de Páscoa, celebrando a Nova Lei do Espírito e o nascimento da Igreja Católica. Ela revela, também a manifestação da economia divina da salvação, o Plano de Deus. Era necessário tornar a redenção um acontecimento permanente, por isso, o Pai envia o Espírito Santo, para ensinar, recordar e manter presente a vida, mensagem e missão de N. Senhor Jesus Cristo. De fato se o Espírito Santo não tivesse vindo, Jesus ficaria no passado, a Igreja seria um museu de antigüidades, com uma moral defasada, a Palavra apenas uma bela metáfora e profecia não cumprida, e o pior nossos pecados não estariam perdoados, porque a redenção não teria chegado até nós. Mas o Espírito Santo gera o hoje da salvação, Ele irrompe como brisa suave e vento forte, água viva e fogo abrasador, transformante, que purifica, cura, restaura e liberta. A Igreja se renova e goza de uma eterna juventude, pois o Espírito é a sua alma, que a dirige, a confirma e a guia tornando-a indefectível e invencível. Ela a edifica derramando copiosamente dons e carismas que animam as comunidades eclesiais que assim caminham sob o seus impulsos e moções. Ele confirma o Papa e o Magistério dos Bispos na verdade, não permitindo que o pai da mentira, possa envenenar a Igreja com suas insídias e intrigas. A Nova Evangelização que queremos empreender e fazer acontecer revela uma vez mais que o Espírito Santo é o agente principal, a fonte e o motor que a dinamiza, estando já presente nas culturas, abrindo os corações para serem terra boa e fecunda, para que a Palavra possa penetrar fundo e iluminar as almas. Em Pentecostes adoremos o Espírito que nos santificou tornando-nos filhos do Pai, irmãos e seguidores de Jesus Cristos incorporando-nos no seu Corpo, herdeiros da Vida Eterna, discípulos-missionários do Reino, membros e pedras vivas da Santa Igreja Católica, sua Casa e seu Templo.
Deus seja louvado
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 10 de maio de 2013
Deus seja louvado
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 10 de maio de 2013
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Em plena Novena de Pentecostes acontece nos países da América Latina de 12 a 19 de maio, organizada pela CLAI e CONIC que agregam as Igrejas Cristãs, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Este ano o texto de apoio foi preparado pelas mulheres cristãs da Índia, trazendo como frase inspiradora os versículos 6 a 8 do capitulo 8 : " O que Deus exige de Nós? ". A imagem da capa apresenta o olhar triste e perplexo de uma mulher velada pela burka , significando os silêncios e a perseguição que sofrem os cristãos e outras religiões. O verdadeiro ecumenismo anuncia um Deus que não se impöe, mas que dialoga e une as pessoas a partir da liberdade do ato de fé. A oração sacerdotal de Cristo que clama para que todos sejam um, deve despertar em todo cristão a vontade e empenho de colocar-se a serviço da aproximação, reconciliação e entendimento cordial entre os batizados em nome do Deus Uno e Trino. Nenhum cristão pode descansar tranquilo, deixando de se escandalizar ou indignar pela divisão sectária do cristianismo, pelo proselitismo desrespeitoso, pelos ataques raivosos entre os cristãos. Desde a Conferência de Edimburgo aos dias de hoje, o que constitui um anti-sinal e um obstáculo terrível para a missão de anunciar a Cristo é o desafeto e a divisão entre os seus seguidores. Por isso aguardando a plena efusão do Espírito Santo em Pentecostes, fazemos ecoar o desejo mais profundo de Cristo Nosso Senhor : a unidade de seus discípulos. Que sejamos capazes de dar um passo a mais, com gestos de hospitalidade, de amizade e de compreensão fraterna na direção de nossos irmãos cristãos separados. Que nossa espiritualidade e oração se tornem mais ecumênicas, tendendo laços e pontes, celebrando o que nos une, reconhecendo os dons e o patrimônio teológico e espiritual das outras comunidades, abrindo-nos a partilha e a complementaridade, vivendo a diferença como uma riqueza e o pluralismo como um desafio para o crescimento.
Deus seja louvado !
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 10 de maio de 2013
Deus seja louvado !
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 10 de maio de 2013
Celebrando o Bom Pastor Vitorioso

A Felicidade

A felicidade é a grande motora da vida humana. Todos nós queremos ser felizes, buscamos ser felizes, investimos na construção da felicidade. Mas, o que é ser feliz? Se perguntarmos a alguém que está morrendo de fome a felicidade para esta pessoa será a comida, se for para alguém que está com frio extremo será um agasalho, para alguém que sofre solidão será uma companhia. Se a felicidade for a saciedade de uma necessidade, ela será apenas passageira. Toda necessidade é momentânea, passageira e, por isso, a felicidade tem que ser mais que o atendimento das necessidades.
Com certeza dizer o que é a felicidade é algo muito complexo, pois cada pessoa a concebe de uma forma. Porém, podemos dizer que a felicidade é um sonho de Deus para nós e uma construção pessoal responsável. A Bíblia nos assegura que o princípio da felicidade é meditar as Palavras do Senhor e nelas sentir alegria (cf. Sal 1,1-2). Meditar as Palavras do Senhor significa acolher o que Ele tem para nos oferecer, pautar os desejos no que Ele apresenta como causa da felicidade. Além disso, é alegrar-se por fazer da Palavra do Senhor guia para a vida.
A felicidade é resultado da acolhida da proposta de vida que o Senhor tem para nós e, ao mesmo tempo, alegrar-se nesta proposta. Dessa maneira, a felicidade não está alicerçada na saciedade de uma necessidade temporária, mas na acolhida da Palavra do Senhor. Esta não passa, não é momentânea. São Lucas (11,28) chama de bem-aventurados (felizes) os que ouvem a Palavra de Deus e a observam. A obediência a Palavra do Senhor gera a felicidade. Trata-se de uma obediência de coração e mente, de decisão e ação, de adequar-se e alegrar-se. Eis a felicidade humana: Ser Obediente a Deus e alegrar-se nessa obediência.
O grande poeta Fernando Pessoa trata a felicidade como uma construção que requer busca. Vejamos:
“Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!”
Não se acostumar ao que não faz feliz, ter esperanças, recomeçar, seguir o que é certo, é o princípio da felicidade. Porém, nenhuma dessas coisas poderá gerar felicidade se não tiver um grande amor a ser seguido. Nós cristãos já encontramos um grande amor, um amor que deve ser segurado e seguido, um amor que não podemos perder, este amor é o Próprio Senhor. A partir deste amor poderemos nos voltar ao que é necessário, encher o coração de esperança, recomeçar na experiência deste primeiro amor, matar a saudade da paz e da serenidade que este amor gera. Seguir este amor é ter a posse da felicidade que não passa, uma felicidade oriunda da uma experiência: Provai e vede como o Senhor, feliz o homem que n’Ele se refugia (Sal 34,8). Busquemos os bens para a construção da nossa felicidade, mas não nos esqueçamos de que todos eles são secundários, pois o absolutamente necessário é o Senhor.
Pe. Lenilson Alves dos Santos
vigário paroquial
Com certeza dizer o que é a felicidade é algo muito complexo, pois cada pessoa a concebe de uma forma. Porém, podemos dizer que a felicidade é um sonho de Deus para nós e uma construção pessoal responsável. A Bíblia nos assegura que o princípio da felicidade é meditar as Palavras do Senhor e nelas sentir alegria (cf. Sal 1,1-2). Meditar as Palavras do Senhor significa acolher o que Ele tem para nos oferecer, pautar os desejos no que Ele apresenta como causa da felicidade. Além disso, é alegrar-se por fazer da Palavra do Senhor guia para a vida.
A felicidade é resultado da acolhida da proposta de vida que o Senhor tem para nós e, ao mesmo tempo, alegrar-se nesta proposta. Dessa maneira, a felicidade não está alicerçada na saciedade de uma necessidade temporária, mas na acolhida da Palavra do Senhor. Esta não passa, não é momentânea. São Lucas (11,28) chama de bem-aventurados (felizes) os que ouvem a Palavra de Deus e a observam. A obediência a Palavra do Senhor gera a felicidade. Trata-se de uma obediência de coração e mente, de decisão e ação, de adequar-se e alegrar-se. Eis a felicidade humana: Ser Obediente a Deus e alegrar-se nessa obediência.
O grande poeta Fernando Pessoa trata a felicidade como uma construção que requer busca. Vejamos:
“Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!”
Não se acostumar ao que não faz feliz, ter esperanças, recomeçar, seguir o que é certo, é o princípio da felicidade. Porém, nenhuma dessas coisas poderá gerar felicidade se não tiver um grande amor a ser seguido. Nós cristãos já encontramos um grande amor, um amor que deve ser segurado e seguido, um amor que não podemos perder, este amor é o Próprio Senhor. A partir deste amor poderemos nos voltar ao que é necessário, encher o coração de esperança, recomeçar na experiência deste primeiro amor, matar a saudade da paz e da serenidade que este amor gera. Seguir este amor é ter a posse da felicidade que não passa, uma felicidade oriunda da uma experiência: Provai e vede como o Senhor, feliz o homem que n’Ele se refugia (Sal 34,8). Busquemos os bens para a construção da nossa felicidade, mas não nos esqueçamos de que todos eles são secundários, pois o absolutamente necessário é o Senhor.
Pe. Lenilson Alves dos Santos
vigário paroquial